As eternas dúvidas, na preparação e início de cada época desportiva, acerca da constituição dos órgãos sócias do FC Pampilhosa é o melhor exemplo de como o nosso clube ainda não tem a estrutura ideal que lhe permita, a médio/longo prazo, sobreviver numa 2.ª Divisão Nacional.
A troca de rostos no cargo de presidente, embora exclusivo a dois irmãos, tem trazido sempre alterações na estratégia e na acção, o que, de ano para ano – e com excepção de um ou dois casos mais recentes –, tem complicado a tarefa da equipa, em prosseguir num percurso ascendente, baseado na estabilidade de técnicos e de plantel. Deparamo-nos, agora, com as mesmas (e já aborrecidas) dúvidas, os apelos às forças vivas da vila e do concelho, a sócios e adeptos mais ou menos anónimos. Situações que, dadas as características da nossa localidade e clube podem, eventualmente, resultar no esvaziamento de soluções e na queda a um passado financeiro e competitivo menos agradável.
O PAMPILHOSA LINDA já alertou para o facto do caminho necessitar ser feito com os pés no chão e a cabeça em cima do pescoço. Por isso, o nosso blog deixa o apelo aos irmãos Carlos Duarte (presidente) e Guilherme Duarte (vice-presidente): criem um plano, estrutural e desportivo, a longo prazo que permita definir cargos e objectivos. Apresentem-no e cumpram-no! A partir daí, e depois de evitadas as situações de dúvida, a cada 365 dias, certamente que, dentro e fora do campo, desde a iniciação ao futebol sénior, as coisas vão resultar ainda melhor.
Compreendemos o “cansaço” e até o sentimento de “injustiça”, mas seria este o vosso maior legado – a preparação do clube para o futuro –, em detrimento de um sucesso presente que, a não ter continuidade, terá apenas carácter inconsequente e será rapidamente esquecido. Pensar o/no clube, e até saber preparar a sucessão dos bons projectos e os seus representantes é (sempre foi!) o segredo dos grandes dirigentes desportivos, capazes de criar algo eficaz e eterno.
CONCLUSÃO.: o PAMPILHOSA LINDA, para não ser mal interpretado, refere que apoia a continuidade dos irmãos Duarte na liderança do FC Pampilhosa. No entanto, é necessário - e isso faz parte das obrigações dos actuais responsáveis - tornar o clube menos dependente de um ou outro indivíduo, garantindo assim a sua identidade e o seu sucesso futuro, em termos financeiros e desportivos. Nem que, para isso, se tenha de repensar as nossas potencialidades. É sempre preciso construir ou reforçar os alicerces e, só então, é possível partir para as paredes e para o telhado. Sob pena de não passarmos, daqui a meia dúzia de anos, por um Boavista ou um Rio Maior (só para recordar casos mais recentes).