Operário, 3 - FC Pampilhosa, 0 (RTP Açores e Açoriano Oriental)

"A exibição mais eficaz do Operário esta temporada"
"O Operário conquistou a primeira vitória na segunda fase da Série C da II Divisão, Grupo da Subida, ao derrotar na Lagoa o Pampilhosa, por três bolas a zero. O triunfo permite à equipa de Francisco Agatão deixar o sexto e último lugar do grupo, ganhando novo ânimo na procura de amenizar um temporada que não correu segundo as intenções dos lagoenses. Embora os fabris não tenham realizado uma exibição de encher o olho, foi quiçá aquela que foi mais bem conseguida, aliando a eficácia na finalização à solidez defensiva, tudo envolto numa concentração que os levaram a gerir o jogo e o adversário nas alturas certas da partida. Para tal muito contribuiu a alteração do esquema táctico operado pelo treinador. O permeável 4x3x3 foi substituído por um sólido 4x4x2, onde Rodrigo Borges surgiu como uma agradável surpresa, conseguindo fazer os companheiros jogar, ao mesmo tempo que ajudou a solidificar os processos defensivos da equipa. Prova disso mesmo foi o facto de o Pampilhosa não ter tido sequer uma oportunidade de golo flagrante ao longo de todo o encontro. Pretendendo manter “limpo” o registo de apenas somar por vitórias os encontros com o Pampilhosa, a equipa lagoense não levou muito tempo a encontrar o caminho do golo, com Hugo Grilo logo aos dois minutos a inaugurar o marcador, numa jogada de insistência pela direita após um livre, com assistência de Nuno Lopes.Os forasteiros nunca conseguiram esboçar uma reacção que pudesse reequilibrar as forças em campo, em parte porque os fabris não descansaram e procuraram novamente o golo, com Amaral a não conseguir a emenda aos 4 minutos, a cruzamento da esquerda de Nuno Lopes, enquanto que os restantes remates saíram sempre fracos e à figura. O melhor do Pampilhosa foram remates sem a direcção desejada e quando já começavam a encostar os fabris, Nuno Lopes, num rápido contra-ataque pela direita serviu Amaral que bateu sem hipóteses Eduardo. No segundo tempo, os fabris dilataram a vantagem por Fábio Pires, após trabalho de Nuno Lopes e Amaral, cabendo depois ao Pampilhosa tentar amenizar o prejuízo mas sem nunca incomodar verdadeiramente Serrão."

por Arthur Melo. in Açoriano Oriental