23.3.09

Fátima: (não) saber estar no desporto

Os acontecimentos de domingo, no Estádio Municipal de Fátima, logo após o apito final, protagonizados pelos dirigentes do clube da casa, apenas confirmaram uma forma de ser e de estar no futebol. As tentativas de agressão e agressões de dois ou três responsáveis locais, a treinador e dirigentes do FC Pampilhosa, são, a todos os títulos, condenáveis.

Como já referimos, ontem à tarde, o senhor Luís Albuquerque, presidente do Fátima, e mais um ou dois colegas de direcção, correu no encalço do treinador Fernando Niza para, antes da chegada ao túnel de acesso aos balneários, o ofender verbalmente e tentar agredir; algo audível e visível para toda a bancada. Valeu, na altura, a pronta e decidida intervenção dos elementos da GNR presentes. Pior aconteceu, posteriormente, quando Guilherme Duarte, vice-presidente do FC Pampilhosa, chegou junto do aglomerado de pessoas, já à porta dos balneários, e, quando tentava acalmar os ânimos, foi agredido com uma forte palmada, por um agente da GNR, e com um pontapé, por um dirigente do Fátima.

Estes actos são incompreensíveis e indesculpáveis. A justificação para esta “revolta”, supostamente, tem a ver com declarações de Fernando Niza, em órgãos de comunicação social, que mais não serviram para colocar os “pontos nos is”, ou seja, o Fátima no seu “devido lugar” A prova que, para alguns, a verdade, assim como a seriedade e a honestidade, são cada vez mais difíceis de digerir. O Fátima, a equipa e os seus responsáveis, já se aperceberam da incapacidade e incompetência para irem mais além, perante as qualidades desportivas do seu principal adversário: o FC Pampilhosa – mas também de Tourizense e União da Serra. No entanto, esse sentimento de frustração, de quem sabe que apenas lidera por motivos “extra” futebol, de quem sente (ou sabe) que a recta final de campeonato não lhe será vantajosa sem ajudas de “terceiros”, revelou-se em corpo (do presidente) e em mente (e dos seus acólitos).

Guilherme Duarte pediu à polícia para identificar os (oito) indivíduos envolvidos nos desacatos. Resta, agora, que os desenvolvimentos sigam os seus trâmites legais e que os envolvidos sejam devida e exemplarmente punidos. O FC Pampilhosa tentará, sobretudo, mostrar e justificar dentro das quatro linhas os seus atributos que, seguramente, são mais e melhores que os do opositor de ontem à tarde.

Este grupo do Fátima (ainda) é, por esta altura, o 1.º classificado da 2.ª Divisão. Coisas do incrível? Ou coincidências (e injustiças) próprias do desporto-rei?

Apesar de tudo, das nossas diferenças no ser e no estar na vida e no desporto, os adeptos do Fátima são (muito) bem-vindos à Pampilhosa e à região da Bairrada; usufruam do nosso vinho e do nosso leitão (que, garantimos, cheiram e sabem bem melhor que a cera das velas e o incenso). Garantimos que serão tratados com o respeito e fair-play que nos caracterizam – ao nosso clube e aos nossos adeptos.

p.s.: o PAMPILHOSA LINDA recebeu a informação, mesmo agora, que o Tourizense já se manifestou solidário com o FC Pampilhosa e os seus responsáveis e condenou, de forma veemente, o ocorrido em Fátima, na forma de fax, entretanto enviado para as redacções dos órgãos de comunicação social. O PAMPILHOSA LINDA saúda este gesto de amizade e correcção, raro nos dias que correm, e que indiscutivelmente marca uma diferença (pela positiva) no desporto e no futebol.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mestre Niza incendiou Fátima!

Anónimo disse...

Eles ainda vão ter que jogar na Pampilhosa. Acertamos depois as contas.

Anónimo disse...

Nas pampas tudo será diferente,independentemente da nossa posição na tabela,existe uma imagem e um orgulho ferido depois de termos assistido á pouca vergonha que vai envolvendo a campanha do fátima...COM UM SANTUÁRIO Á PORTA ATÉ NÓS SONHÁVA-MOS COM A CHAMPIONS...